segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Curso de Extensão - PUC SP

Recomendo. Curso de Extensão na PUC SP. Abraços. Alexandre Kassis


Pedagogia Hospitalar: Atuação do Educador no Atendimento Pedagógico Domiciliário e Hospitalar


"Apresentação 
O profissional que desenvolve ações educacionais com crianças e adolescentes enfermos ou hospitalizados necessita de uma formação ampla, com conhecimentos diversificados, instrumental específico e recursos adequados para atender às dificuldades e limitações impostas por esse tipo de situação. O objetivo do curso é desenvolver essas habilidades e competências em pedagogos, educadores e estudantes da área.
O programa oferece subsídios teóricos e práticos para que esses profissionais realizem trabalhos pedagógicos com crianças e adolescentes em espaços e ambientes hospitalares, em instituições de saúde e em centros de reabilitação, utilizando estratégias de ensino e acompanhamento escolar. Além da abrangência da atuação desse profissional, há ainda uma preocupação no curso em tratar da sua inserção na equipe de saúde.
O conteúdo enfatiza a importância da compreensão do comportamento humano e de como desenvolver as potencialidades dessas crianças e adolescentes, considerando possíveis limitações físicas, motoras e perceptivas, além das implicações sociais, afetivas e emocionais normalmente presentes em situações de enfermidade, adoecimento e internação.
Outro aspecto abordado se refere à implementação do trabalho escolar dirigido a esse público, respeitando a legislação brasileira vigente, especialmente o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O profissional é preparado ainda para lidar com as perdas e a elaboração dos lutos nas situações de doenças, acidentes, limitações físicas e sensoriais.
Os profissionais são conscientizados sobre a importância das brinquedotecas hospitalares, obrigatórias nas instituições de saúde. Brincar é um direito da criança e envolve aspectos educacionais, psicológicos e de reabilitação relevantes. As aulas, teóricas e práticas, discutirão também questões como a interpretação das manifestações pessoais, por meio de desenhos, escrita, linguagem, expressão corporal e artística, histórias e contos, símbolos, sonhos e outros conteúdos inconscientes.

Público Alvo

Graduandos e graduados em Pedagogia, além de outros educadores com interesse na área."

MATRÍCULAS ABERTAS 

Link 

domingo, 30 de novembro de 2014

O SOM DO TUM-TUM - Conto de Alexandre Kassis

Olá.

Acabei de disponibilizar online o meu primeiro conto infanto-juvenil, mas com mensagens que valem para todas as idades. 

Confiram. Beijos pulsantes.



"Sinto saudades da Maninha. Éramos muito unidas. Nós partimos com o vento e ela ficou ali, agarrada no botão do vestido daquela menina e não seguiu conosco. Eu explicarei como é possível a gente ser levada pelo vento, alguém se agarrar a um botão de vestido e tudo mais. Somos parecidos com você, mas nosso povo é bem pequeno, miúdo, miúdo mesmo, e invisível para os humanos. Somos tão leves que o vento pode nós carregar para qualquer canto. Se quisermos ficar no chão, temos que usar sapatos bem pesados... "



Ler mais em:
http://wescribe.co/t/o-som-do-tum-tum




quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Divulgando:




I FÓRUM PEDAGOGIA HOSPITALAR 
São Gonçalo - RJ



A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM HOSPITAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE

Realização:

Federação Brasileira de Hospitais
Associação dos Hospitais do Rio de Janeiro

Dia 14 de Outubro de 2014  » leia mais


                                        site: www.abrinquedoteca.com.br




Abraços. 

Alexandre Kassis

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Colóquio internacional do LEPSI " Crianças públicas, adultos privados"

Divulgando:


"Colóquio internacional do LEPSI " Crianças públicas, adultos privados"
V Congresso da RUEPSY - Rede Universitária Internacional em Educação e Psicanálise e
I Congresso Brasileiro da Rede INFEIES(06/11/2014 - 08/11/2014)



Crianças públicas, adultos privados

A promoção social da infância é um fato incontestável. Em escala bem superior a de épocas precedentes, a criança recebe a atenção do discurso jurídico que organiza leis que a protegem contra os abusos dos adultos; a atenção do discurso científico que formula as leis de seu desenvolvimento e aprendizagem a serem respeitadas nas práticas que levam em conta a lida com as crianças; a atenção também dos interesses do mercado que agora veem nelas um potencial consumidor que, ainda que não tenham os meios próprios para a efetivação do consumo, podem ser hábeis na persuasão de seus pais.

Toda essa promoção social da infância, comemorada com razão pelas sociedades democráticas, enquanto representa uma vitória do Estado de Direito, nos autoriza a formular a expressão criança pública.

Mais que a expectativa, nasce a demanda para a criança pública, esquadrinhada por leis e saberes, para que ela fale deixando sua condição de infans, no sentido político do termo (infans, como aparece na figura do infante da infantaria, é aquele que não tem o direito de falar). Mas quem estará lá para ouvir?

No avesso da criança pública, propomos a reflexão, está o adulto privado. Privado não no sentido contemporâneo, de privativo, íntimo, mas no sentido de privação da coisa pública, como, aliás, era o sentido dado ao termo pelos gregos. O infans agora seria o adulto?

Frente a criança pública, caracterizada por seus direitos, encontra-se o adulto privado, caracterizado por seus deveres. Evidentemente que o potencial pernicioso do adulto em relação à criança existe e precisa ser coibido. Na tradição psicanalítica, desde Freud passando por Lacan, Dolto e vários outros a questão foi analisada com rigor, sobretudo na investigação dos vestígios deixados pelo desejo dos pais na alienação inevitável da criança a estes.

Seria preciso pensar essa questão dialeticamente: o esquadrinhamento da criança pública gerou como efeito colateral a criação de um superego educativo para os adultos. Infantilizados pela obediência regulamentada a preceitos, mas também, enquanto professores convocados a se formar eternamente nos cursos que visam sua melhor adaptação à criança pública, serão esses adultos menos perniciosos?

A expressão que dá o título a esse colóquio: crianças públicas, adultos privados, é uma franca paráfrase a célebre frase de Bernard Mandeville, publicada em 1723 em seu livro com título sugestivo: "A Fábula das abelhas" : "Vícios privados são virtudes públicas . Mandeville é considerado por muitos como o bisavô da ética utilitarista, forjada no seio da ideologia liberal e que encontraria sucessores como Bentham e Adam Smith, já bem mais conhecidos em nosso meio.

A ética utilitarista e a ideologia liberal são francamente dominantes no cenário politico atual. Os recentes acontecimentos em torno do tratamento ao autismo, em particular no Brasil e na França, são uma prova contundente disso. Sob o preceito de cientificidade das práticas, o Estado entendeu ser correto limitar o trabalho com autistas, seja ele de natureza educativa ou terapêutica, a somente aquelas práticas que tinham seus resultados comprovados cientificamente, segundo um modelo único de cientificidade. Toda a riqueza do debate epistemológico sobre a questão: O que é uma ciência?, que desembocou num consenso sobre a inadequação de se estabelecer um modelo único de cientificidade, assim como a existência de práticas que perduram há décadas graças a consistência e comprovação de seus trabalhos com crianças autistas, foram suprimidas em nome de uma ideologia utilitarista da rentabilidade.

A escolha da paráfrase no título, não é, portanto, gratuita. Ela serve para marcar a fotografia de um tempo dominado pelo neoliberalismo e para nos autorizar a colocar a questão sobre o laço educativo nessas circunstâncias: Se a criança está do lado da virtude enquanto o adulto do lado do vício, qual transmissão poderemos observar? Invertendo Santo Agostinho em sua versão da teoria do pecado original, poderíamos dizer que As crianças comem as uvas verdes e os adultos têm seus dentes irritados?

Neste colóquio atravessaremos temas que visam refletir desde a psicanálise os avatares da relação impossível adulto-criança, tal como ela parece ser tomada nas redes da sociedade neoliberal e utilitarista.

Maria Cristina Machado Kupfer, Leandro de Lajonquière e Rinaldo Voltolini

mais informações: http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/eventos/detalhado.asp?num=1875 "


Abraços. Alexandre Kassis